O engenheiro italiano Alessandro Lorenzetti vem a São Paulo para tratar da venda de terrenos comprados na época em que trabalhou nas obras do Porto de Vitória, no Espírito Santo, e na construção da estrada Santos-Jundiaí, em São Paulo, mais de 20 anos antes.
Durante a visita, Alessandro Lorenzetti, se dá conta de que o país ainda não tem quem fabrique parafusos de precisão, tão necessários para as máquinas industriais. Monta, então, uma pequena fábrica para produzi-los em sociedade com o amigo Carlo Tonanni na Mooca, na cidade de São Paulo, onde a Lorenzetti está até hoje.
Alessandro volta para casa em Savona, na Itália, após chamar seus filhos Lorenzo e Eugênio, que passam a cuidar do negócio. Com espírito empreendedor e muito trabalho duro, os irmãos ampliam a área de atuação da empresa. Além de parafusos, começam a fabricar pinos, eixos e outras peças para a nascente indústria de máquinas do Brasil.
Nascido na Itália, formou-se engenheiro civil em 1886 na cidade de Roma. Em 1923 fundou a Sociedade Tonanni & Lorenzetti.
Italiano, engenheiro industrial e químico. Responsável pelos setores administrativo e comercial da empresa.
Italiano, técnico agrimensor. Com vocação criativa, foi detentor de diversas patentes, inclusive a do chuveiro elétrico automático.
Além dos parafusos e peças para máquinas industriais, a Lorenzetti começa a produzir bandejas para restaurantes, açucareiros, galheteiros, vasos de latão, acessórios de metal para cortinas, patins e isqueiros.
Meu pai e meu tio faziam o que era necessário, o que o mercado pedia, o que estava faltando para o Brasil e deixavam de fazer quando a coisa se tornava obsoleta. Até hoje somos um pouco assim. Talvez, por isso mesmo, chegamos aos 100 anos.
Eugênio usa parte de um prêmio de loteria para trazer a mãe, Adele, e a irmã, Amélia, da Itália para o Brasil. A gêmea de Amélia, Battistina, fica na Itália e só vem anos mais tarde, com o marido e o filho. A família inteira morava numa casa dentro da fábrica. Lá, Adele montou uma creche para os filhos das funcionárias. O bairro, na época, era conhecido como Ilha do Sapo por ser um brejo: “Quando viemos para o Brasil, estávamos preocupados com cobras e outros animais perigosos, mas aqui nos arredores da fábrica só tinha mesmo sapo”, contou Amélia ao jornal interno Chuveirão muitos anos mais tarde. Ela trabalhou por anos na contabilidade da empresa e morou com a mãe até os anos 1950 na casa dos fundos, onde hoje funciona a enfermaria da fábrica matriz.
Com a quebra da bolsa de valores de Nova York em
outubro de 1929, a economia mundial entra em crise.
No Brasil, os anos 1930 iniciam com o rompimento da política do café com leite (alternância de poder entre Minas Gerais e São Paulo), por iniciativa paulista, o que leva à revolução de 1930, ao golpe de estado e à nomeação de Getúlio Vargas como presidente do Brasil. É o fim da República Velha. Vargas toma uma série de medidas protecionistas e de incentivo à indústria nacional.
A Lorenzetti entra no setor de energia elétrica produzindo isoladores de disco de porcelana e ferragens para linhas de transmissão de energia. Para isso, constrói o primeiro forno industrial para cerâmica do Brasil. Em 1934, fabrica pela primeira vez na América do Sul a resina conhecida como “baquelite”. Isso representa um grande salto técnico da indústria nacional, pois o material isolante permite a produção de peças elétricas de uso doméstico e industrial com muito mais segurança. Em 1938, a empresa é a pioneira no país na fabricação de motores elétricos de até 100HP, usados para mover as máquinas das indústrias que se multiplicavam pelo Brasil.
Começa a Segunda Guerra Mundial na Europa, um conflito que se estende até 1945. O comércio internacional fica prejudicado. Com isso, a jovem indústria brasileira tem de se virar para produzir aquilo que antes importávamos. Isso força um desenvolvimento tecnológico antes impensável.
Devido à escassez de gasolina, a Lorenzetti desenvolve um equipamento para adaptar motores ao uso de gasogênio, gás obtido por meio da queima de carvão, que leva a marca LOZ. Esse equipamento era instalado em máquinas e em veículos como automóveis e caminhões.
Em 1942, o carro LOZ vence uma corrida no Corcovado, Rio de Janeiro, e o piloto é condecorado por Getúlio Vargas. A empresa passa também a fabricar materiais elétricos como interruptores, chaves, porta-lâmpadas e fusíveis, transformando-se na maior fábrica de materiais elétricos de baixa tensão da América Latina.
O mundo vive a euforia da recuperação econômica do pós-guerra. A urbanização das populações é um fenômeno global. A família moderna vive em cidades e começa a depender dos eletrodomésticos. No Brasil, a rede de energia elétrica se expande, mas ainda não chega a zonas rurais mais afastadas.
Em 1951, nasce a TV brasileira e, com ela, os primeiros comerciais em vídeo.
Em 1952, a Lorenzetti vive, talvez, o momento mais importante de sua história até então: o início da produção do chuveiro elétrico automático, o primeiro a acionar o aquecimento assim que se abre a torneira d’água. Com o sucesso do lançamento, a linha é ampliada com a produção de torneiras e aquecedores elétricos blindados e automáticos.
Ele promete um desenvolvimento de 50 anos em 5 anos de governo e traz a indústria automobilística para o país. Começa o ambicioso plano de transferir a capital federal do Rio de Janeiro para o cerrado goiano no Planalto Central. No Rio de Janeiro, a Bossa Nova revoluciona a música popular brasileira.
A década inicia com a inauguração de Brasília. O mundo fica fascinado com a arquitetura de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa. Em 1961, Jânio Quadros assume a presidência do Brasil, mas renuncia sete meses depois. O vice, João Goulart, toma posse.
O chuveiro elétrico da marca está em um número cada vez maior de domicílios, que passam a ser construídos já com fiação especial para fazer a ligação do aparelho. A empresa lança ventiladores e ferros elétricos. Inicia também a produção de condensadores para aparelhos de rádio e TV. Em 1964, vem o golpe militar. A população segue vivendo em relativa normalidade e consumindo cada vez mais.
Os anos 1970 abrem com o Brasil tricampeão da Copa do Mundo de Futebol. Em 1973, vem a crise do petróleo. O governo brasileiro, então, aumenta a sua aposta nas usinas hidrelétricas.
Produz equipamentos elétricos pesados de altíssima tecnologia, como isoladores para alta voltagem, chaves seccionadoras até 800.000 volts e disjuntores a gás SF6 até 800.000 volts. Em sua unidade em Santa Catarina, fabrica centros de controle de motores e painéis de comando para hidrelétricas e transmissão de energia.
A Lorenzetti fabricou peças para as hidrelétricas que
disponibilizaram a energia necessária ao crescimento do país.
Primeiro presidente eleito pelo voto popular em 30 anos, Fernando Collor de Mello assume no dia 15 de março, com uma inflação superior a 80% ao mês. No dia 16 de março, anuncia o confisco de todo o dinheiro privado que circulava pelo sistema bancário, inclusive das cadernetas de poupança. Anuncia também uma diminuição gradual nos impostos sobre as importações, o que significou um grande desafio para as empresas nacionais, que estavam acostumadas à pouca concorrência. Dois anos depois, sofre um impeachment.
Apostando forte no seu carro-chefe, o chuveiro elétrico. Lança as primeiras duchas elétricas com comando eletrônico e pressurizador incorporado, que representam uma revolução no mundo dos chuveiros elétricos. Sua tecnologia inovadora garante mais água e permite a mudança gradual de temperatura.
Com o objetivo de firmar ainda mais a liderança no segmento banho, a Lorenzetti coloca no mercado a nova unidade de negócio: os aquecedores de água a gás.
Uma água tão pura quanto a mineral, mas que sai da torneira em sua casa. É o que prometem (e entregam) os purificadores de água da Lorenzetti. Com a vantagem de que, ao usá-los, você reduz muito a quantidade de plástico dispensado no meio ambiente.
Em um laboratório próprio, com os mais modernos equipamentos, submete todas as linhas de purificadores e filtros da marca a testes rigorosos.
A empresa começa a atuar no mercado de metais sanitários, com uma linha completa de produtos que aliam qualidade, design e preço acessível. O segmento logo se mostrou um dos mais promissores. Para atender à sua demanda, a Lorenzetti investe em uma nova fábrica de 24 mil m² na Móoca, a menos de uma quadra do prédio onde tudo começou, com modernos equipamentos para fabricação de componentes e montagem, aumentando significativamente a capacidade de produção.
Como está sempre inovando, três anos depois da criação da primeira linha, a Lorenzetti lança as torneiras com mecanismo cerâmico de ¼ de volta. Isso economiza água, porque o tempo para fechar a torneira diminui muito.
A Lorenzetti lança a linha de plásticos sanitários. Além de torneiras, a linha traz assentos sanitários, duchas, acabamentos para registro, válvulas para descarga, acessórios para banheiro e jardinagem.
A linha é resultado do investimento em uma fábrica com processos automatizados de injeção assistida por gás de tecnologia inglesa, que proporcionam acabamento perfeito. O design e a funcionalidade dos produtos, por sua vez, são totalmente diferenciados em relação ao que existe no mercado e foram criados a partir de pesquisas realizadas com consumidores.
Sempre preocupada com o meio ambiente, a Lorenzetti lança uma linha de lâmpadas fluorescentes compactas. O produto substitui as lâmpadas incandescentes, com significativa economia no consumo de energia elétrica e maior vida útil. Em 2014, a empresa coloca à disposição do mercado uma linha de lâmpadas LED ainda mais econômicas.
Em 2015, a Lorenzetti anuncia a aquisição da fábrica de louças sanitárias Sanitex Sanitários Togni Ltda, em Poços de Caldas, Minas Gerais, com modernos equipamentos para a produção de bacias sanitárias, caixas acopladas, lavatórios, cubas, colunas, tanques e mictórios. Além de reduzir muito o consumo de água, o design das peças entrega beleza e praticidade. Em 2017, a cuba retangular SA-98 recebe o prêmio Best in Show.
As peças têm um formato compacto e ultra fino graças ao desenvolvimento da resistência Loren Ultra, a primeira com formato plano do mercado, que inova o conceito de durabilidade e performance em relação às resistências existentes e proporciona liberdade na criação de novos designs de duchas e chuveiros elétricos. Exclusiva e patenteada pela Lorenzetti, a Resistência Loren Ultra possui durabilidade superior às resistências comuns. Em 2017, a linha Acqua Ultra foi ampliada com versão Duo, que integra ducha e chuveiro no mesmo produto.
Lançamento do modelo flex da linha Acqua Ultra. A grande inovação vem do fato de as peças serem compatíveis com outros sistemas de aquecimento, como a energia solar, por exemplo. Em 2020, o número de imóveis com painéis solares no Brasil chega a 30 mil e a expectativa é que, até o ano de 2024, o país conte com cerca de 887 mil sistemas de energia solar domésticos instalados.
Aí é que entra o Acqua Ultra Flex. Quando a temperatura está abaixo do determinado pelo usuário, o chuveiro elétrico se liga automaticamente. No mesmo ano, Lorenzetti é escolhida “Marca de Alto Renome”, pelo INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), pelo conhecimento e valor da marca entre a população brasileira. Começa a operar uma nova unidade fabril no bairro da Mooca, adquirida pouco antes para suportar a ampliação planejada da capacidade produtiva da empresa para os próximos anos.
No dia 11 de março, a Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica o surto mundial de casos de Covid-19 como pandemia. No dia 23, a Lorenzetti é uma das primeiras empresas brasileiras a interromper suas atividades para preservar a saúde de seus colaboradores. Dia 30 de abril, já com um plano de segurança traçado, a empresa reabre as portas com a fábrica funcionando em três turnos.
Garantimos os empregos e saímos disso tudo mais fortes, mais vibrantes.
Em 2020, o faturamento do grupo cresceu 20% acima do ano anterior. E, em 2021, mais 24%. Nos 3 anos de pandemia, o crescimento somou 55%.
A empresa chega ao fim da pandemia com um faturamento recorde, exportando para mais de 45 países e colecionando prêmios.
Umas das indústrias mais antigas em funcionamento do Brasil, a Lorenzetti está mais jovem do que nunca. Chegam aos 100 anos com uma saúde invejável. Sua história se confunde com a história da indústria brasileira, em seus desafios e suas vitórias. E lança a nova marca “Lorenzetti 100 Anos”.
A nova linha de chuveiros elétricos Acqua Century surpreende pelo design moderno similar às duchas frias e pelas funcionalidades que garantem um banho inteligente e sustentável. Com apenas um toque, é possível escolher a temperatura ideal. Além disso, o chuveiro possui um timer que pisca ao atingir 8 minutos de banho, permitindo o uso racional da água. Para auxiliar no controle do consumo de energia elétrica, dispõe de um gráfico de barras que indica o nível de potência usada para aquecer a água.
A Lorenzetti mais uma vez revoluciona a categoria de chuveiros elétricos.
A inovação presente no produto, com funções práticas e tecnológicas, somada ao design moderno e disruptivo, tornam os chuveiros exclusivos e completos.
A proposta de design do Acqua Century é disruptiva para a categoria de duchas e chuveiros elétricos. A inspiração para criação dos produtos está no design das duchas frias. A partir deste conceito, foi possível garantir um estilo moderno e sofisticado, com linhas finas, fazendo do Acqua Century um verdadeiro ícone para projetos de banheiros e salas de banho. Os produtos estão disponíveis na versão digital nas cores branco com cromado e preto com cromado e na versão eletrônica nas cores preto e branco.
O Acqua Century Digital possui um display com diversas funções que oferecem ao usuário uma experiência única de banho. Com apenas um toque, é possível escolher a temperatura ideal para um banho confortável e relaxante. Além disso, o chuveiro possui um timer que fica piscando ao atingir 8 minutos de banho, permitindo o uso racional da água. Para o consumo de energia elétrica, o chuveiro dispõe de um visor de barras que indica o nível de potência que o produto está consumindo para aquecer a água, auxiliando o consumidor a ter um banho mais econômico.
Ambas as versões contam com a resistência Loren Ultra, de alta performance e longa duração, tipo cartucho e de fácil acesso; engate rápido, que permite fácil instalação e remoção em poucos passos; tecnologia Press Plus, que garante jatos de água de alta performance mesmo com baixa pressão; e estão disponíveis nas potências de 127V/5.500W, 220V/6.800W e 220V/7.500W.
A Lorenzetti continuará inovando, se adaptando às mudanças do mercado, manterá seu compromisso com a excelência em tudo que fizer. Inovação que desafia o tempo não é apenas uma assinatura, é um filosofia praticada cotidianamente.